sexta-feira, 6 de maio de 2011

Al Qaeda confirma morte de Bin Laden, promete vingança

WASHINGTON (Reuters) - A Al Qaeda confirmou nesta sexta-feira a morte de seu líder Osama bin Laden em uma mensagem na Internet com promessa de vingança contra os Estados Unidos e seus aliados, incluindo o Paquistão, segundo o serviço de monitoramento Site.


Cinco dias depois de o presidente norte-americano, Barack Obama, anunciar a morte de Bin Laden em uma operação militar dos EUA no Paquistão, a Al Qaeda prometeu que não irá desviar do caminho da luta armada.

'(O sangue de Bin Laden) permanecerá, com a permissão de Alá Todo Poderoso, uma maldição que persegue os americanos e seus agentes, e irá atrás deles dentro e fora de seus países', disse a rede militante em comunicado divulgado em fóruns islâmicos na Internet e traduzidos pelo serviço Site.

'Sua felicidade irá se transformar em sofrimento, e seu sangue irá se misturar com suas lágrimas', disse a Al Qaeda.

'Fazemos um apelo ao nosso povo muçulmano no Paquistão, em cuja terra o xeque Osama foi morto, para levantar e revoltar-se para limpar essa vergonha que tem sido associada a eles por um grupo de traidores e ladrões... e em geral, para limpar seu país da imundice dos americanos que espalham a corrupção dentro dele.'

terça-feira, 3 de maio de 2011

FBI atualiza site com morte de Bin Laden; veja mais procurados


1 - Osama bin Laden encabeçou a lista dos mais procurados do FBI até ser morto, nesse domingo, numa operação no Paquistão; sua ficha no site norte-americano traz características físicas ("é canhoto" e "caminha com bengala") e também explicita a recompensa de U$ 25 milhões por sua captura


2-Ayman Al-Zawahiri é considerado o "número dois da Al-Qaeda" e braço direito de Osama Bin Laden. Ele já estava na lista nos 22 terroristas mais procurados anunciada pelo governo americano em 2001. ara alguns especialistas, o cirurgião oftalmologista egípcio é o mentor ideológico da Al-Qaeda e o "cérebro operacional" dos ataques de 11 de setembro de 2001

3-O egípcio Abdullah Ahmed Abdullah foi acusado de participação nos atentados a bomba contra as embaixadas americanas de Dar es Salaam, na Tanzânia, e Nairóbi, no Quênia, em 1998. O governo americano oferece uma recompensa de US$5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por sua captura ou informações sobre seu paradeiro

4-Adam Yahiye Gadahn é norte-americano e se tornou tardutor da Al-Qaeda depois de se mudar para o Paquistão em 1998 e casou-se com uma refugiada afegã. Em 2004, o departamento de Justiça americano nomeou-o como um dos sete membros da Al-Qaeda que planejavam ataques iminentes nos Estados Unidos. Pouco depois, ele apareceu em um vídeo defendendo a organização, em que se identificava como "Azzam, o americano"

5-Saif Al-Adel é o nome utilizado pelo ex-tenente-coronel do exército egípcio Muhamad Ibrahim Makkawi. Em 1987, o Egito o acusou de tentar estabelecer no país um braço militar do grupo extremista islâmico Al-Jihad, e de tentar derrubar o governo. Adel foi o chefe de segurança de Osama Bin Laden, e chegou a assumir diversas funções do comandante militar da Al-Qaeda, Mohammed Atef, depois de sua em 2001

6-Ali Atwa é nascido no Líbano e procurado pela participação no sequestro de um avião comercial da empresa americana TWA, em 14 de junho de 1985. O governo americano oferece US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por informações sobre ele
 7-Fahd Mohammed Ahmed Al-Quso acusado pela participação no atentado a bomba contra o navio americano USS Cole, que matou 17 marinheiros em 2000, na cidade portuária de Aden, no Iêmen. Em 2003, ele chegou a ser preso pelas autoridades locais, mas escapou. Foi recapturado meses depois, mas saiu da prisão em 2007, apesar dos protestos do governo americano

8-Jamel Ahmed Mohammed Ali Al-Badawi também é procurado pelo ataque do navio americano USS Cole, no Iêmen, em 12 de outubro de 2000. Ele foi capturado pelas autoridades iemenitas em abril de 2003 e em março de 2004, mas escapou ambas as vezes da prisão
9-Adnan G. El Shukrijumar, que morou nos Estados Unidos por 15 anos, foi um dos líderes do "programa de operações externas" da Al-Qaeda. Ele foi acusado nos Estados Unidos, em julho de 2010, de participação em um plano para atacar alvos americanos e britânicos. Ele é também suspeito de ter participado de planos para ataques da organização no Panamá e na Noruega

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Segundo a publicação, a fotografia é uma montagem

A morte do líder terrorista Osama bin Laden foi confirmada pelo presidente americano Barack Obama, mas existe a suspeita de que a foto de seu suposto cadáver, apresentado como prova e em circulação na internet, seja falsa. A informação foi divulgada pelo jornal britânico "The Guardian".


Segundo a publicação, a fotografia é uma montagem baseada em outra fotografia de um homem morto tirada há dois anos e publicada por um jornal árabe. O jornal apresentou a comparação entre as duas fotos e mais uma de Osama vivo.

A suposta imagem do terrorista morto foi apresentada pela TV do Paquistão imediatamente após o anúncio da ação militar e repercutida pela imprensa mundial.

Interpol pede que países reforcem a segurança após morte de Bin Laden

Interpol pede que países reforcem a segurança após morte de Bin LadenBin Laden é morto em operação dos EUA no Paquistão, diz Obama (AP)A Interpol, agência internacional de polícia, advertiu nesta segunda-feira que a morte do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, pode levar a represálias pelo mundo e pediu que os países-membros elevem suas medidas de segurança.
'O terrorista internacional mais procurado já não existe. Mas a morte de Bin Laden não representa o fim dos afiliados à Al-Qaeda e daqueles inspirados pela Al-Qaeda, que promoveram e continuarão a promover ataques terroristas em todo o mundo', advertiu em um comunicado o secretário-geral da organização, Ronald Noble.
'Precisamos por isso permanecer unidos e focados em nossa cooperação e nossa luta em andamento, não apenas contra essa ameaça global, mas também contra o terrorismo promovido por qualquer grupo em qualquer lugar', afirmou Noble.
A Interpol é uma central de informações internacional que auxilia na cooperação de polícias de diferentes países e tem 188 países-membros.
Segundo Noble, a organização está 'em alerta total por atos de retaliação se a Al-Qaeda tentar provar que ainda existe'.
Segurança intensificada
Vários países também anunciaram medidas para intensificar a segurança após a notícia da morte de Bin Laden.
O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, que está no Cairo, no Egito, disse à BBC ter ordenado uma revisão dos sistemas de segurança das embaixadas do país em todo o mundo, por temor de represálias da Al-Qaeda.
'Poder haver partes da Al-Qaeda que tentarão mostrar nas próximas semanas que ainda estão ativas, como de fato algumas estão', afirmou.
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, afirmou que a morte de Bin Laden é extremamente simbólica, mas advertiu que há outras pessoas prontas a assumir o lugar de Bin Laden.
'A estrutura da Al-Qaeda permanece no lugar e há um número dois e um número três. Já vimos isso no Afeganistão, quando uma rede é desmantelada e logo aparece uma reposição', disse.
'Há grupos descentralizados, que dizem ter ligações com a Al-Qaeda, mas que têm certa autonomia e que continuarão seu trabalho. A ameaça do terror não desapareceu, então precisamos permanecer completamente vigilantes', afirmou ele à rádio Europe 1.
'Alívio'
A chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que está 'aliviada' com a morte de Bin Laden, mas advertiu que o terrorismo internacional ainda não foi derrotado.
Segundo ela, 'as forças da paz' tiveram sucesso na operação da noite de domingo, mas todos devem se manter vigilantes.
O Japão, outro aliado americano, também anunciou o aumento das medidas de segurança nas bases de suas Forças de Autodefesa por temor de ataques de represália.
O ministro japonês das Relações Exteriores, Takeaki Matsumoto, disse que a morte de Bin Laden é 'um progresso significativo das medidas de antiterrorismo', mas advertiu que 'isso não é o fim da história'.
'É preciso manter o olhar atento sobre as atividades da Al-Qaeda, com a comunidade internacional cooperando de maneira próxima e lidando com a questão com firmeza', disse ele.